Fonoaudiólogos ensinam como fazer a criança imitar as palavras dos pais logo cedo
Ele mal abre a boca e os
pais já começam a imaginar coisas, de tão esperada que é a primeira
palavra do bebê. Qualquer balbucio ou gemido é entendido como o primeiro
sinal de que a criança vai começar a falar - e haja expectativa em
torno desse desenvolvimento. "Normalmente, a partir dos seis meses, o
bebê já expressa as primeiras sílabas, como bababa ou papapa", afirma a
fonoaudióloga Debora Befi-Lopes, coordenadora do Departamento de
Linguagem da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Com 12 meses, já há
chances de ouvir "mamãe" ou "papai".
Algumas crianças demoram um pouco mais, o que não deve ser encarado como um problema pelos pais. "Só é preocupante quando a criança passa dos 24 meses sem produzir palavras e a ajuda de um fonoaudiólogo passa a ser necessária", diz a especialista. Para que esse desenvolvimento da linguagem ocorra dentro do esperado, aproveite os cuidados com o bebê indicados por especialistas.
Algumas crianças demoram um pouco mais, o que não deve ser encarado como um problema pelos pais. "Só é preocupante quando a criança passa dos 24 meses sem produzir palavras e a ajuda de um fonoaudiólogo passa a ser necessária", diz a especialista. Para que esse desenvolvimento da linguagem ocorra dentro do esperado, aproveite os cuidados com o bebê indicados por especialistas.
Diga sempre a pronúncia correta
Desde os primeiros meses, o bebê tenta imitar o
que vê: movimentos de boca, piscadas de olhos, sorrisos, entre outras
ações. Com os sons, não é diferente. "A criança aprende observando, daí
a importância de falar corretamente com ela", diz a fonoaudióloga
Debora. Se ela aprender errado, pode ter um trabalho danado mais tarde
para conseguir corrigir.
Falar da forma natural
Não fique infantilizando a voz
quando for falar com o bebê, como falar no diminutivo e em tom mais
fino. É preciso que ele se sinta inserido nas conversas entre os pais
com o máximo de naturalidade. "Fale de forma simples, com boa entonação,
destacando os nomes de objetos e pessoas", afirma Debora Befi-Lopes.Olhe para ele e mostre a sua boca
O contato visual é muito importante para
estimular a afetividade e serve de incentivo para o bebê se espelhar em
você. A fonoaudióloga Debora também explica que, quando ele consegue ver
o movimento da boca, entende o modo como o som é produzido e pode
imitar melhor.Cuidado com a euforia
Quando o bebê começa a balbuciar as primeiras
palavras, vale incentivá-lo mostrando que você está contente, mas isso
tem limite. "Muita euforia por causa da nossa ansiedade como pais pode
assustar a criança e atrapalhar o seu desenvolvimento", afirma a
fonoaudióloga Ana Paula Bautzer, da Clínica de Especialidades Integrada.
Procure deixá-lo confortável, evitando gritar ou chamar a família toda
ao menor sinal de balbucio.Peça ajuda do irmão mais velho
"O bebê consegue diferenciar uma criança de um
adulto e pode aprender e imitar mais rápido com ela", afirma Ana Paula
Bautzer. Pedir para o irmão que brinque com o bebê também faz com que o
mais velho se sinta importante em vez de excluído. Se o bebê for o
primeiro filho, vale a pena procurar o contato com outras crianças.Não deixe a criança acomodada
Mimar demais prejudica tanto o comportamento
quanto o desenvolvimento do bebê. Se tudo o que ele quer está na frente
dele toda hora, sem precisar chorar, apontar, tentar balbuciar ou fazer
qualquer sinal, não há estímulo para que ele melhore a comunicação. "O
mimo em excesso pode impedir que a criança explore o seu mundo e fazer
com que ela perca a curiosidade para aprender", diz a fonoaudióloga Ana
Paula.Brinque bastante
O ato de brincar também é ensinar. Segundo Ana
Paula Bautzer, pais que se divertem com a criança não só estimulam o
aprendizado dela como eles mesmos passam a olhar e entender como é o
próprio filho, quais são os seus comportamentos. O bebê que vive em um
ambiente estressante e cheio de tensões pode ter mais dificuldades para
se desenvolver de forma saudável.Desligue rádio, televisão e computador
A competição da fala dos pais com o som de outros
aparelhos pode atrapalhar o entendimento e a concentração do bebê. "Não
que esses meios de comunicação sejam prejudiciais, mas não podem ser o
principal elemento de estimulação, porque não são meios naturais de
desenvolvimento da fala e linguagem", afirma a fonoaudióloga Marcella
Vidal, da Telex Soluções Auditivas.Aproveite situações da rotina
"Quanto mais a criança for exposta à linguagem,
melhor será para seu desenvolvimento", afirma a fonoaudióloga Marcella.
Por isso, aproveite para contar histórias, cantar músicas e dizer o que
você está fazendo com ele na hora do banho, de dormir ou em outros
momentos do dia. Pode parecer que o bebê não está entendendo nada, mas
não se engane: o cérebro dele já está memorizando as palavras. "Por
volta de um ano de idade, uma criança pode produzir ao redor de 10
palavras e compreender mais de 20", afirma Debora Befi-Lopes.
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