NOSSO PRINCÍPIO

“PARNAMIRIM dos SONHOS" é idealizado para permitir que nossa cidade, Parnamirim, mostre seu potencial e valores para o mundo. O Blog pretende, junto com você, pensar propostas que vislumbrem uma Parnamirim melhor no tocante a estilo de vida, notadamente nas questões econômicas, sociais e no que diz respeito a sustentabilidade.

Juntem-se aos nossos princípios e vamos viver na PARNAMIRIM dos SONHOS!

4 de jul. de 2012

SUSTENTABILIDADE - Cidade dos sonhos

Arquitetos e ambientalistas lançam mão da alta tecnologia para criar as cidades do futuro - 100% sustentáveis, com um elevado índice de qualidade de vida e o nostálgico apelo de retorno às origens

Por Márcia Lobo
Revista Abril - Maio e Junho/2008


Matéria publicada na Revista Abril, em 2008, e agora
CLÉSIA do MERCADORAMA

levanta a bandeira para a constução da PARNAMIRIM dos SONHOS
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Há algo de verde no reino das megalópoles. Absolutamente convencidos de que o prazo de validade dos recursos naturais se encontra bem próximo do fim, as grandes potências estão se unindo para construir um mundo melhor. E os projetos que até há pouco tempo eram considerados meras curiosidades criadas por visionários começam a ser levados a sério. É o que vem acontecendo em países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, China e Emirados Árabes.
A criação de megacidades sustentáveis e a busca de soluções criativas e viáveis para o problema foi a razão de ser da 7ª Conferência Internacional de Ecocidades, realizada em abril, em São Francisco, nos Estados Unidos. Organizada pelos cerca de 100 membros da Ecology Bilders, o objetivo foi abrir os olhos do mundo para um fato simples e preocupante que a maior parte das pessoas ignora ou evita encarar: neste exato momento, praticamente ninguém – por mais dinheiro ou poder que tenha – está morando e vivendo bem.
Responsável pela conferência, o arquiteto norte-americano Richard Register, que desde 1974 estuda soluções para cidades saudáveis, afi rma que a época dos paliativos já passou. Os “prédios inteligentes”, por exemplo, não são mais sufi cientes. Até porque a maior parte deles está sendo construída no lugar errado, longe do centro, alimentando nossa dependência do automóvel, que ele considera mais de 150 m para encontrar o transporte público sobre trilhos. Completadas as etapas iniciais das obras, Masdar receberá os primeiros moradores em 2009: serão cientistas, técnicos e acadêmicos, que vão testar as novidades e sugerir as correções, se forem necessárias.
Richard Register não precisará esperar mais um ano para identificar o único problema do projeto: o fato de ele ficar nos Emirados Árabes – o que considera um doloroso desperdício de petróleo – e, por suas características muito específicas, não poder ser usado em outros lugares. Ele acha bem mais útil e inspirador de soluções o mapeamento que a Ecology Bilders está fazendo para “reconstruir” a cidade norte-americana de Oakland, tornando-a no futuro um lugar onde os habitantes poderão se locomover confortável e preferencialmente a pé ou de bicicleta. Resumindo: para ele, mais importante do que criar ecocidades é começar a salvar as que já existem.
Ambicioso mesmo é um projeto chinês que fica a 25 km de Xangai. A vila de Dongtan, localizada na ilha fl uvial de Chogming, deverá se tornar a partir de 2010 a primeira cidade ecológica do mundo. Com 86 km2 (mais ou menos o tamanho de Manhattan), tem a assinatura da Arup, uma consultoria inglesa especializada em design e inovação. A idéia é criar até 2050 um paraíso não só para os futuros 500 mil habitantes como também para os pássaros migratórios, que fazem da região um ponto de parada na rota entre a Austrália e a Sibéria. Com os carros, as chaminés também foram banidas.
A energia virá de fontes renováveis, principalmente dos ventos e da biomassa da casca de arroz. Para dispensar elevadores, os prédios terão seis andares e foram planejados de modo a tirar o máximo proveito das condições naturais do clima. Energia solar e sistema de ventilação inteligente permitirão a economia de 66% de energia. A água e 90% dos resíduos sólidos serão reaproveitados. Ao sair de qualquer uma das casas, o morador estará a apenas sete minutos a pé dos transportes públicos e de toda a infra-estrutura urbana. Ou poderá ir de bicicleta – veículos motorizados, só os movidos a combustíveis limpos, como bateria e células de hidrogênio. A maioria dos alimentos também será produzida ali, em fazendas orgânicas, que, com as áreas verdes, ocupam dois terços de sua extensão total.
Embora Peter Head, o diretor da Arup, acredite que cada cidade precise encontrar uma solução própria e não pretenda fazer de sua Dongtan um modelo a ser seguido, o que é bom para a China parece também ser bom para os Estados Unidos.

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